Depois que você saiu da minha vida, te procurei nos olhares, nas pessoas, nos lugares...
Mas que ironia!. não te encontrando, encontrei a mim mesmo nos pedaços que você partiu pelo caminho,
E descobri que não era de você que eu precisava, eu precisava de mim... e a mim mesmo procurava.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Poemar
Te vejo no jeito da onda no mar
Te vejo no feito do pequeno desenhar
Te vejo sem jeito no pobre a mendigar
Te vejo e rejeito quando não consigo amar
Te vejo refeito em quem não desistiu de lutar
Te vejo mal feito no que insiste em errar
Te vejo perfeito no imaginar
Te vejo no peito e te deixo entrar
Te vejo no leito e anelo consolar
Te vejo no estreito do meu caminhar
Te vejo e deleito ao te encontrar
Te vejo e me deito nesse meu poemar
Te vejo no feito do pequeno desenhar
Te vejo sem jeito no pobre a mendigar
Te vejo e rejeito quando não consigo amar
Te vejo refeito em quem não desistiu de lutar
Te vejo mal feito no que insiste em errar
Te vejo perfeito no imaginar
Te vejo no peito e te deixo entrar
Te vejo no leito e anelo consolar
Te vejo no estreito do meu caminhar
Te vejo e deleito ao te encontrar
Te vejo e me deito nesse meu poemar
sábado, 2 de julho de 2011
Pisado
Passos pisam ao chão
Marcam história onde eles passam
Levam pedaços, fragmentos de vida
Preenchem a linha do livro
Esquecendo dos meus trajetos, quis salvar os seus
Jogado ao chão, servindo de tapede
Para, quem sabe, limpar poeiras dos seus pés
Sujeiras onde eles passaram
Se ao menos estivesse descalço
Existiria mais sinceridade
Sentiria que está pisando em alguém
Pessoas não são tapetes
Levo as marcas das pisaduras
No corpo que não se vê
Se somente no corpo fossem
Quem sabe passaria com as próximas páginas escritas
Mas quando a poeira da estrada torna parte
E mistura-se com a sua
Fica difícil reconhecer qual é sua parte
E mais difícil reconhecer-se
Não nasci pra ser tapete
Mas ainda levo poeiras suas
Um dia elas ficarão na estrada que eu pisei
Ou quando tudo voltar ao pó
Marcam história onde eles passam
Levam pedaços, fragmentos de vida
Preenchem a linha do livro
Esquecendo dos meus trajetos, quis salvar os seus
Jogado ao chão, servindo de tapede
Para, quem sabe, limpar poeiras dos seus pés
Sujeiras onde eles passaram
Se ao menos estivesse descalço
Existiria mais sinceridade
Sentiria que está pisando em alguém
Pessoas não são tapetes
Levo as marcas das pisaduras
No corpo que não se vê
Se somente no corpo fossem
Quem sabe passaria com as próximas páginas escritas
Mas quando a poeira da estrada torna parte
E mistura-se com a sua
Fica difícil reconhecer qual é sua parte
E mais difícil reconhecer-se
Não nasci pra ser tapete
Mas ainda levo poeiras suas
Um dia elas ficarão na estrada que eu pisei
Ou quando tudo voltar ao pó
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Atenção
Cheiro de terra molhada
Após uma nublada noite
Lembro-me do açoite
Que viria em seguida
Seus dedos escrevem nova
Direção que me devolve
Memória que não dissolve
Daquilo que fui e renova
Pare e pense: e você?
Na noite escura onde estava?
Seu coração se fechava
A sua própria mercê
Enquanto escrevo, tempo dou
Para lembrar do sol que nasce
E ilumina tua face
Do canto que anuncia o "Eu Sou"
Pedras atira-as ao chão
Devolve-as ao seu verdadeiro lugar
Assim quem sabe vai aflorar
A verdade como um clarão
Voltarás a ver o gosto
Do amanhecer quando ao céu olhava
Ao contemplar afagava
O semblante de dor imposto
Cheiro de abraço que volta
Da casa conhecida e simples
Do modo modesto e cortês
Que dá segurança pra ser solta
Lembra de como merece ser tratada
Com delicadeza e cuidado valioso
Da suavidade do casaco lanoso
Vestindo sua história amarfanhada
Após uma nublada noite
Lembro-me do açoite
Que viria em seguida
Seus dedos escrevem nova
Direção que me devolve
Memória que não dissolve
Daquilo que fui e renova
Pare e pense: e você?
Na noite escura onde estava?
Seu coração se fechava
A sua própria mercê
Enquanto escrevo, tempo dou
Para lembrar do sol que nasce
E ilumina tua face
Do canto que anuncia o "Eu Sou"
Pedras atira-as ao chão
Devolve-as ao seu verdadeiro lugar
Assim quem sabe vai aflorar
A verdade como um clarão
Voltarás a ver o gosto
Do amanhecer quando ao céu olhava
Ao contemplar afagava
O semblante de dor imposto
Cheiro de abraço que volta
Da casa conhecida e simples
Do modo modesto e cortês
Que dá segurança pra ser solta
Lembra de como merece ser tratada
Com delicadeza e cuidado valioso
Da suavidade do casaco lanoso
Vestindo sua história amarfanhada
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Intrínseco
No gene, no germe, no cerne, em mim
Oculto, na ânima, no ego, em mim
Cego, enxergo, exposto, em mim
Figura, verdade, linguagem, em mim
História, memória, vivaz, em mim
Na luta, fingindo, sentindo, em mim
No ser, conter, ratificado, em mim
Escolhas? Anelos? Essência? Em mim...
Fugi, menti, acreditei em mim
Intruso, hóspede, inóspito, em mim
Aceito, sem jeito, está feito, em mim
Enxuga, salgada a lágrima, em mim
Alarga, o ciso, a cova, em mim
Eu era, eu sou, serei, em mim
Um fim?
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