Caminhos da Verdade

Assisti a um vídeo sobre um debate. O conteúdo do vídeo não vem ao caso. Mas me fez pensar, pelos comentários do vídeo, o quanto aqueles que melhor argumentam passam por mais verdadeiros. O poder da argumentação não te torna verdadeiro. E saber argumentar melhor não te deve causar uma sensação de ser mais ou estar mais certo que o outro, principalmente quando se trata de coisas subjetivas. O vídeo era sobre psicologia. Aliás a própria psicologia como um todo já é subjetiva. Se não o fosse, não teriam tantas linhas e vertentes distintas e com um mesmo propósito. Pensando nisso, a maior parte do que sabemos sobre o homem e sobre o mundo são coisas subjetivas e nem sei se deveriam ser chamadas de ciência, já que a Ciência diz respeito a possibilidade de experimentar, comprovar e repetir o que foi feito e isto ser válido globalmente. Quando se trata de ser humano, isto se torna impossível. Então ganha quem tem melhores argumentos. Melhor argumento não é nem de longe a Verdade absoluta!

Ser terapeuta

Sendo terapeuta aprendi:
Que a dor precisa de resposta
Que o amor precisa de uma causa
Que não é do meu jeito que o outro é feliz
Que precisa de tempo para encontrar a raiz
Que tamanho não mede sofrimento
Que o certo e o errado são momentos
Que a paciência é mestra em transformar
Que nem sempre eu posso acertar
Que existe prazer em mudar
E que nasci para tocar

Marcas

Com quantos sorrisos se formam uma ruga?
Quantas lágrimas foram necessárias para ela existir?
Estas marcas me contam histórias.
Não quero apagá-las!
Cada linha mostra emoções que vivi, boas ou más não importa. Mas minhas, tão minhas! Contam quem eu sou.
Há muito amor nestes traços que contornam minha expressão. São páginas de um livro. Quero olhar e ler.
Que fiquem aqui estes traços; outros surgirão. Afinal só se escreve algo começando com um traço.

Penso que mereço

Sujo minha imagem
Mostro meus defeitos
Quem sabe, assim, goste menos de mim
Uso voz mais alta
Olho para o lado
Quem sabe, assim, goste menos de mim
Finjo: não me importo
Rasgo meu caráter
Quem sabe, assim, goste menos de mim
É que me acostumei a me ver desse jeito torto
E qualquer afeto sincero não acredito
Desse jeito sujo eu me vejo
Receber menos é o que eu penso que mereço