domingo, 19 de dezembro de 2010

Beleza, será?

Incompleta, imperfeita, incontínua
Sempre mutável, com olhares que se mudam
Maneiras que se enxergam, e algumas que não a vêem
Tocada na alma sensível que sabe reconhecer seu segredo
Escondida na essência
Admirada, buscada, contemplada
Inalcançada, pois sempre incompleta, imperfeita e incontínua
Há uma descoberta
Que mudou meu dia
Meu brilho, minha maneira de compreendê-la
Sempre me enganou fazendo-me ver o visível
Mas agora, beleza, alcancei seu segredo
Não me atrai pelo que vejo, quem sabe pelo que enxergo
Atraído estou pela maneira que seus braços me atraem
Tantos e incontáveis, mais que polvo
Enxergo no jeito único que existe em cada ser
Feio ou belo aos meus olhos, que importa?
Mas quando a enxergo, não com olhos
E quando de repente aparece, muda meu dia
E tudo se contagia e é belo
Completo, perfeito e contínuo