sábado, 30 de julho de 2016

Perdido

Quem sou? Por que me perco em mim?
Já assumi tantas formas que hoje fica difícil ser uma
Traços de pai, jeito de mãe, é um jeito de ser ou de imitar?
Por que não mudar? Porque as vezes mudar é um jeito de se perder
Mudar aquilo que sei de mim é um jeito de perder o pouco que me conheço... e isso dá medo
Será que devo ser? Ou devo estar?
O que será que serei que não quero ser?
E se for algo bom? Não sei...
Achei que em mim era um jeito de me encontrar
E não encontro
Aliás, me encontro sim... perdido.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Quem sou eu? Quem é você?

Eu sou o que vocé pensa ou vê?
Você é o que eu vejo em você?
Será que o que vejo em você não faça parte mais de mim que de ti?
Será que o vê em mim não seja reflexo de você?
Será que me mostro por inteiro?
Será que vejo parte que você não vê?
Será que você vê parte que não vejo em mim?
Será que eu vejo você em partes?
Eu sou o que acredito ser? Quem saberá?
Você é o que significa em mim?
Você é ainda o que não vi?
Eu sou ainda o que não cri?
Quem sou eu? Quem é você?
Quem pode definir?

domingo, 29 de maio de 2016

A mais bela das mulheres

Dentre todos os olhares
O mais puro é o seu
Nessa trama que teceu
Sem os nós dos meus pesares

De estrelas, aos trilhares
Não se compara ao brilho seu
Nem o ensolarado céu
É uma centelha dos seus altares

Sozinho não me sinto, aos pares
Acompanhado de quem me enalteceu
Miserável servo seu
Daquela que junta as águas dos mares

Beleza que trancende ares
Ao que viu quase pereceu
Se não fosse um favor seu
Raio dos seus brilhares

Conduz, ó mãe dos lares
Com carinho o passo meu
Que eu não tropece no breu
Em nenhum dos meus lugares

Que eu possa com louvores
O que sua misericórdia prometeu
Não se perca um filho meu
Que nutri com meus amores